segunda-feira, 31 de maio de 2010

Crítica - Tudo pode dar certo (What ever works)


Antes de mais nada.... SPOILERS!!!!!!

Se você é fã de Woody Allen juntamente com Big Bang Theory e Seinfield, vai curtir este filme. What ever works pega elementos dos 3 e mistura tudo. O resultado é um tipo de comédia-romântia meio satírica um pouco ácida. Flerta com expor situações desconfortáveis mas sem se aprofundar. É inofensivo.

Bom, a história se passa em Nova York. É sobre Boris Yollnikoff (ou algo assim), um físico teórico especilista em Teoria das Cordas neurótico aposentado que dá aulas particulares de  xadrez para crianças. Interpretado por Larry David (Produtor de Seinfield e Criador/Protagonista de Segura a Onda - Da HBO) ele é uma fusão entre o Woody Allen, Dr. Sheldon Cooper (Big Bang Theory) e George Constanza.

O idéia é mostrar que a várias maneiras de amar, não importando a forma, mas sim que funcione para você(eis o título - what ever works). Temos de tudo, a jovem e inocente com o velho solitário (clara alusão à Woody Allen e seu polêmico casamento com a filha adotiva); temos a conservadora e ultra-religiosa mulher de meia-idade que pelo seu amor a arte se entrega em um pouco convecional relacionamento à 3 e o (mais do que óbvio) americano padrão red-neck que se descobre gay.

O caso é que independente do filme ser previsível, não deixa de divertir. A parte ruim é que a diversão se dá somente com o personagem de Larry David. São bem interessantes e irreverentes, apesar de não serem nada além já visto em Seinfield e Big Bang Theory.

O que me agradou no filme foi a quebra da 4a parede (quando o personagem fala diretamente com o público). Boris é o único ciente de que há uma platéia (nós) os assitindo e várias vezes e dirige ao espectador. Fica claro que ele é o único ciente disto, já que os demais personagens assumem que isto é mais uma excentricidade de Boris. Com isso a questão de que o que chamamos de loucos talvez somente tenham um outro nível consciência também é apresentada (claro, como nota de rodapé). Apesar de não ser original eu gostei.

Portanto,  roteiro é engraçado. Nada genial, mas bem legal.

A interpretação é no máximo medíocre. Larry David interpreta ele mesmo, e com relação aos demais não para se estabelecer uma relação maior. Apesar das reviravoltas nas vidas dos personagens não se ve nenhum desenvolvimento.

Resumo: É um bom divertimento, nada ground-braking e para os fãs mais hard-core de Woody Allen vai ser decepcionante. Mas se você gosta de uma comédia inofensiva com um "Q" a mais, vale a pena.

Como o próprio título, é despretencioso.

Abraços

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