terça-feira, 21 de junho de 2011

Crítica - Green Lantern Emerald Knights

No esquenta para o longa do Lanterna Verde assisti ontem mais um lançamento DC Animated Universe - Green Lantern Emerald Knights.


É mais ou menos um follow up do First Flight, mas a cronologia ta meio zoada. Por exemplo, Hal neste já é um veterano na tropa, mas Sinestro continua como Lanterna Verde. Acho que a melhor forma de encaixar este seria durante o seguimento de First Flight.


Bom, a história é uma sucessão de flashbacks com eventos marcantes de alguns integrantes da tropa: Kilowog, Laira, Mogo e o Primeiro Lanterna.
O legal é que muitas cenas são tiradas diretamente dos quadrinhos (basicamente do revamp que o Geoff Johns trouxe).
A animação é de excelente qualidade, bem fluida e a dublagem é de qualidade. Foi legal ver as "origens" da tropa, mostrando o Primeiro Lanterna (o primeiro a usar um construto pelo menos)


Apenas não gostei de que alguns arcos (especialmente o da Laira e Mogo) são resolvidos muito rápido. 
De qualquer forma, as histórias tem uma certa continuidade entre si e foi muito bacana ver o arco do Abin Sur e seu encontro com Atrocitus - que para quem leu no gibi sabe que é a semente para toda a origem do Hal e para Noite Mais Densa (será que veremos isso em algum futuro longa também?)


Bom, fica a dica! Quem quiser gastar uns 15 paus no DVD não vai se arrepender


Abraços

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Editorial - DLC ta sendo usado como uma "puta falta de sacanagem"

Lembram como os games eram há alguns anos? Você comprava, tacava no console e jogava. Se você quisesse ver TODOS os finais, pegar todos os items, todos os uniformes, todos os upgrades, destravar todos os personagens bastava tempo e esforço, suor e calos nos dedos, mas cedo ou tarde (invariavelmente tarde) você conseguia zerar o jogo. Ou seja, explorar todas as possibilidades de um jogo dependia única e exclusivamente de você;


Hoje em dia, com Playstation Store e DLCs a sair pelo ladrão o desafio de destravar um personagem está lentamente virando comprar um personagem, e ás vezes até pior. Você só terá acesso se fizer pre-order por alguma loja específica.


Olha, acho muito legal o advento do DLC. Com esse artifício é possível aumentar o lifespan do jogo que de outra forma ficaria empoeirado na sua estante (um bom exemplo é o DLC Undead Nightmare para Red Dead Redemption - um dos melhores já lançados). Mas a minha reclamação aqui é para aquela BABAQUICE que certas lojas tem feito: Compre aqui, ou reserve aqui e tenha esse uniforme exclusivo ou aquele personagem. 


Sério, vai tomar no cú! Que diferença faz se eu comprei na Best Buy, na GameStop ou como não sou gringo na UZ Games ou Saraiva? NENHUMA!! 
Vários títulos foram alvos disso, Red Dead haviam costumes exclusivos para pre-order na Best Buy, o mesmo ocorreu para Marvel Vs. Capcom 3, com personagens exclusivos. Isso é uma puta falta de sacanagem (ai ai.. aquele video foi taao engraçado...). Além de dar uma vantagem injusta para quem tem, fica a claro que quem tem não conseguiu por mérito ou habilidade nenhuma! 


A gota d'água para mim foi saber que para o novo (e para mim o mais esperado) Batman; Arkham City, alguns desafios (nos quais o Robin é personagem jogável) só estarão disponíveis para pre-order na Best Buy e DEPOIS serão lançados para DLC pagos.


Porque não lançar essa porra já no jogo? Já ta pronto!! DLC vale quando eles criam alguma atualização ou algo novo DEPOIS do jogo ser lançado, mas ficar segurando conteúdo para lançar DEPOIS (pago ou exclusivo para alguns) é simplesmente filha da putagem da grossa.


Por isso digo, Rocksteady, seu jogo é animal, mas vocês são uns FDPs. 


Moral da história:
DLC p/ mim só devia valer se o jogo JÁ foi lançado e é uma forma de aumentar o lifespan do jogo. Do contrário tão só pegando teu dinheiro. Fora que como tamo nesse fim de mundo esquecido do globo NÃO TEMOS COMO BAIXAR essas porras nem se quiséssemos (pelo menos ainda)


É nozes

domingo, 5 de junho de 2011

Editorial - Calma gente! Fase Grant Morrison é passageira

Desde a polêmica fase New X-Men e agora Batman and Robin do Grant Morrison, estas sempre são acompanhadas de uma enxurrada de comments e posts polêmicos nos sites especializados (nerdices online).


É totalmente compreensivel, as "Fases Grant Morrison" sempre quebram com os standars dos personagens, inserem polêmicas e curtem provocar os fãs. Mas não estamos aqui nem para elogiar nem atacar as "Fases Grant Morrison" mas para constatar algo: Elas são passageiras! Logo os editores se tocam de que não dá para sustentar aquilo por muito tempo e retornam ao standard de tal personagem, aquele nutrido por anos de continuidade. Não estou dizendo que é certo ou que deve acontecer, apenas constatei que acontece.




Reparem só: Na fase "New X-Men", Grant Morrison introduziu o couro (do Bryan Singer) preto, extrapolou o conceito "Escola para Jovens Superdotados", criou mutantes fora-do-padrão (Bico - feioso e totalmente inútil, Angel - voa mas é besta) só para mostrar que nem todo mutante é Summer-like, já que o gene X produz resultados aleatórios (e por isso haveria mutantes que são apenas deformados); fez o Xavier voltar a andar e ainda botou o Scott em um caso extra-conjugal com uma lasciva Rainha Branca. E teve as mutações secundárias - todo dia mutante ganhando mais poderes.


E o que aconteceu pouco tempo depois? Veio Joss Whedon e bom, o couro acabou (nas palavras de Scott Summers - "todo esse couro estava deixando as pessoas nervosas") voltando os uniformes coloridos; os mutantes inúteis foram aos poucos esquecidos e deixados de lado; o lado "Escola" continua mas mais num esquema "Novos Mutantes" do que escola propriamente dita; o caso extra-conjugal foi oficializado e Emma passa a ser a "telepata oficial" do grupo e claro, Xavier na cadeira. No more mutações secundárias (somente as que já tinham aparecido, mas nenhuma outra nova)






Ok, até ae você pode falar "Você pegou um exemplo só... e tem elementos do Morrison que ficaram nos X-Men, como a Rainha-Branca. E o clima escola se manteve até a destruição da Mansão X". Tá, mais ou menos, pois as histórias dos "Novos Mutantes" (os mais novos então) se fixavam mais no treinamento deles do que em aulas (como era no arco de histórias com Quentin Quire) 










E quanto a um exemplo só - falemos de Batman.


A "Fase Grant Morrison" no Batman foi uma das mais polêmicas. Ele basicamente mexeu num vespeiro de continuidade chamado "Filho do Demônio" - história onde Bruce Wayne tem uma noite (tá bom B-Man, vc tava drogado e não sabia que a mega-gostosa top gata filha do Ra's tava pelada em cima de vc... beleza, eu acredito) com Talia Al'Ghul que engravida. Até Grant chegar essa história, quando não era sumariamente esquecida, os detalhes eram varridos para baixo do tapete. 






Bom, Grant não só mexeu nisso como trouxe o tal fruto dessa união - Damian Wayne - de volta, agora um petulante pirralho de 12-13 anos. Como se não bastasse, mataram Bruce Wayne (Crise Final), botando após um arco de histórias Dick Grayson (1o Robin e Ex-Asa Noturna) no cargo de Batman, com isso Tim Drake - o Robin atual - foi "demovido" do cargo (virou o Robin Vermelho, atuando de forma independente) para dar lugar a, pasmem, Damian Wayne (a idéia era de que Tim era o Robin da geração passada, dos anos 90 e Damian o Robin do novo milênio - o que seriamente ofende a geração atual). A idéia de Morrison foi, além de dar um soco na cara dos puristas de Batman, foi mudar a dinâmica padrão da dupla (trocadilho não-intencional). Agora temos um Batman menos enxaqueca, mais leve e um Robin estressado e sem-graça. Claro, aos poucos Grant foi amenizando a personalidade intragavel do novo menino-prodígio, introduzindo sinais de que o garoto era um gênio não só das artes marciais, mas também da engenharia e ciência - realmente o filho do Batman (eu achei forçado - para mim o legal do Tim era que ele realmente treinou, se esforçou, se aproximando do próprio Bruce, que se vale de esforço e força de vontade, mais do que talento).






Bom, claro que logo depois da morte de Bruce a DC iria trazê-lo de volta, e não demorou muito para ele voltar. Mas como fica já que Dick e Damian são a nova dupla dinâmica? Bom, tudo isso culminou (ainda estamos aqui no Brasil no Retorno de Bruce Wayne) em Batman, Inc. Bruce Wayne revelará que ele financia o Batman a anos e que pretende tornar a iniciativa global. Com isso publicamente financiará um agência de Batmen ao redor do mundo e, ah... não sei o que acontece porque ainda não li. 


Mesmo assim, com todo esse arco de histórias e transformações radicais na vida de um dos mais icônicos personagens, com mais de 70 anos de continuidade o que a DC vai fazer?? 
Resposta: FLASHPOINT (Geoff Johns)! 




Não li nem tenho detalhes, mas uma coisa eu sei: Bruce Wayne é Batman e Dick é o Asa Noturna denovo. Ou seja, um baita Middle Finger para a "Fase Grant Morrison". Segundo a DC, após Flashpoint será um reboot em todo o universo DC. Ou seja, é muito provável que as coisas voltem mais ao "normal" de forma similar ao que aconteceu com os X-Men


A moral aqui é pessoal: Relax! Não se irritem com as polêmicas do Morrison, ele vem para isso mesmo, dar uma sacudida nos personagens. Mas é passageiro... logo logo as coisas voltam aos eixos e a maioria das bizarrices some! Tentem ver como se fosse uma baita história "What if...?"


Abraços!

sábado, 4 de junho de 2011

X-Men First Class - Crítica

Acabei de voltar do cinema. Bom.. avisando desde já: SPOILERS!!




















Sempre que lançam (ou estão para lançar) esses filmes baseados em gibis a primeira coisa que costumo pensar é: "Eles vão mudar tudo e isso vai cagar na história. Vai sair uma merda". É.... lição aprendida!
A Fox parece que está conseguindo se redimir do ERRO brutal que foi X-Men Origins - Wolverine e X-Men 3 - The Final Stand.
Claro, desde o início o filme deixa bem claro que não respeita muito (ainda bem... nem deve) os filmes anteriores (a cena com Xavier e Magneto em X-Men 3 vai totalmente contra esse filme, mas somente aumenta o meu respeito pelo First Class.


A história se passa inicialmente durante a 2a guerra, mostrando a origin dos personagens principais - com foco no Magneto, ainda conhecido como Erik Lensherr (sobre Xavier e Mística - Raven - somente como se conheceram, mostrando a inata caracterítica humanitária de Xavier). Aqui temos introduzido nosso vilão, Sebastian Shawn (Kevin Bacon). Nos gibis Shawn é "apenas" o líder de um grupo elitista de mutantes, o Circulo Interno do Clube do Inferno (composto por um tipo de aristocracia mutante) com objetivo de dominação mundial por manipulação e manutenção do status quo. Já no filme Shawn é meio misturado com Mr. Sinister: Gosta de experimentar em mutantes também e procura métodos mais agressivos para dominação mundial.


A idéia do Shawn é provocar a 3a Guerra Mundial provocando ambas superpotências USA e USSR a liberar seu arsenal nuclear um no outro. Com isso, no que sobrar do planeta Shawn pretende governar os mutantes (que na cabeça dele vão sobreviver facilmente a um holocausto nuclear).


Bom, Moira MacTaggert (aqui é uma agente da CIA) pretende deter Shawn para salvar o mundo, Xavier (recrutado por Moira) prentende mais encontrar e ajudar mais mutantes e Magneto quer vingança.
Esses elementos realmente funcionam! Ainda mais no cenário do auge da Guerra Fria - clima bem X-Men roots (apesar da história tomar várias liberdades com a fonte).


Os detalhes que mais gostei:
Todas as partes do Magneto (exceto bem no finalzinho - depois da derrota do vilão);
Xavier na ação;
Ação em geral - as demonstrações de poder estão em um nível muito alto! Principalmente o Magneto (ahh.. juventude é tudo)
A cena com Logan - A MELHOR do filme
História do Fera - normalmente dão pouca atenção, mas nesse filme foi bem explorada


Os detalhes que poderiam ser melhorados:
No final, a mudança para o lado negro do Magneto é um pouco rápida. Logo após o climax Erik já está no seu uniforme um tanto dramático e com o discurso pomposo clássico de vilões - coisa que ele não fez o filme todo. Para mim a transformação definitiva em Magneto poderia ter ficado para trás. Na verdade, o final todo achei um tanto apressado: Logo após (EU AVISEI NO COMEÇO SPOILERS) Magnero matar Shawn acontece, ao mesmo tempo - Formação da Irmandade de Mutantes, Xavier fica paraplégico e inicia a Escola para Jovens Superdotados. 
Tá entendi que era para ficar claro onde as coisas começam para aquele espectador que não é especialista em X-Men, mas mesmo assim poderia ter deixado no ar, acho que seria um final mais elegante. Ainda mais que o filme todo nao preza 
O Destrutor foi sub-aproveitado, quase não tem tempo em cena e back-story quase zero.
Angel é basicamente decorativa...


Quanto ao trabalho de atuação, nada que se sobressaia, mas todo o elenco faz um bom trabalho! Eu diria que... acima da média.


Independente dos problemas (são picuinhas) achei o filme muito bom! Como eu esperava que um filme dos X-Men deveria ser, tem política, tem vilões com planos globais, tem personagens variados, poderes espalhafatosos, preconceito vs. aceitação. Enfim, todo o espírito que Stan Lee pôs quando lançou o grupo de mutantes nos anos 60.


Vale a pena assistir no cinema! 


Abraços