sexta-feira, 2 de abril de 2010

Crítica - O Livro de Eli

Estou devendo uma postagem sobre esse filme já faz uma semana, mas achei legal digerir melhor o filme antes de escrever.

Para quem não viu ainda vou deixar o spoiler level baixo.

Ao contrário do que os trailers e o marketing levam a acreditar, o Livro de Eli NÃO é o seu filme de ação a lá Mad Max clássico. Sim, claro que partes de ação, tiroteios e futuro pós-apocalíptico, mas o diferencial deste é que o roteiro não deixa tudo explicadinho. O espectador é que deve botar os pingos nos is sobre porque o futuro é assim, o que move Eli, qual a natureza da sua missão.

Basicamente a história se passa num futuro pós-apocalíptico no qual Eli (Denzel Washington) busca um lugar aonde deixar o livro (a Bíblia) que carrega não só seguro mas onde ela pode ser mais necessária; e o que ele está disposto a fazer e sacrificar e as difíceis escolhas que deve tomar para alcançar seu objetivo.

O mais legal do filme é justamente que ele deixa em aberto muitas questões da trama, como se Eli tem ou não alguma proteção divina ou se os acontecimentos são fruto do acaso ou de suas habilidades. O filme não se preocupa em premissas ou criar um universo interno. Ele lança a questão para espectador responder da forma que quiser, e a história se apresenta de tal forma que da uma grande margem a interpretação. Tanto para o lado crente como cético.

Em matéria de atuação não há muito o que dizer, todo elenco faz um bom trabalho, mas nada que salte aos olhos.
De forma geral, é um roteiro simples, bem amarrado e bem bolado (o twist eu achei o máximo!). Fico por aqui porque quero evitar spoilers, mas digam o que acharam! esse é um filme que evoca discussões interessantes! Concordo com a previsão de que daqui alguns anos o Livro de Eli será um clássico como hoje é Blade Runner

Abraços

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